Desde o final de 2012, a energia solar no Brasil tornou-se uma opção para os consumidores que desejam gerar a sua própria energia, e desde então, o número desses sistemas instalados só cresceu no país. Dessa forma, o artigo de hoje irá tratar no panorama da energia solar, no Brasil.
Nos últimos anos, a oferta de incentivos, linhas de financiamento e a queda de preços da tecnologia, acelerou de tal forma, que o país já se destaca inclusive no cenário internacional.
Assim, de acordo com a Agencia Internacional de Energia Renovável (IRENA), o país entrou para a lista dos 20 países líderes em capacidade instalada SV no mundo.
Além disso, um sistema de energia solar oferece vantagens imensuráveis, e um retorno financeiro melhor que alguns investimentos de renda fixa.
Ou seja, com o aumento das tarifas de energia, o investimento em energia solar passa a valer ainda mais a pena!
E para que você entenda o “poder” que essa fonte de energia vem ganhando nos últimos anos, abaixo fornecemos um panorama da energia solar no Brasil, com tudo o que você precisa saber.
Acompanhe!
Para vermos o panorama da energia solar no Brasil, antes de mais nada deve – se ter um panorama geral da matriz elétrica brasileira.
De antemão, é importante citar Reive Barros, secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia, que diz:
É fundamental utilizar todo o potencial de fontes renováveis disponíveis, não só pelo aspecto tecnológico e ambientalmente sustentável, mas principalmente pelas questões socioeconômicas.
Sendo assim, ficamos felizes em informar que o Brasil, atualmente, tem 83% de sua matriz elétrica originada de fontes renováveis!
A participação é liderada pela hidrelétrica (60,2%), seguida de eólica (8,9%), biomassa (8,4%), gás Natural (8,2%) e solar centralizada (1,7%).
Dados abertos divulgados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), também apontam que a gerações de energia, como a eólica e solar, crescem cada vez mais.
De acordo com o relatório Power Transition Trends 2020, solar e eólica juntas, foram responsáveis por 67% da capacidade de geração adicionada à rede elétrica do mundo, em 2019.
Com destaque para a fonte solar que liderou em novas usinas geradoras, com 45% deste número.
Do ponto de vista econômico as fontes eólica e solar estão entre as mais competitivas. Do ponto de vista socioambiental estão disparadas na frente das demais, como as mais atrativas.
Em suma, a matriz elétrica brasileira, é muito mais renovável do que a média mundial.
Portanto, logo explanaremos sobre o cenário atual da energia solar no Brasil, destacando alguns dos principais fatores.
Vamos lá!
O apelo a módulos solares começou com as mudanças nas regras do setor de energia, quando publicada a REN 482 de 2012. A publicação da resolução deu um pouco mais de liberdade ao consumidor para escolher de onde vem a sua eletricidade.
De acordo com instalações registradas pela ANEEL, entre os meses de julho e setembro de 2015, existiam 1.148 instalações conectadas a rede. No mesmo período de 2016 foram registradas 5.040 instalações. Ou seja, um aumento de aproximadamente 440% em relação ao ano anterior.
De 2016 até 2019, o número saltou para a média de 111 mil sistemas fotovoltaicos instalados em todo país, o que representa um aumento 1.181%.
De acordo com dados atualizados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica(ABSOLAR), só nos últimos 7 anos, a geração distribuída FV cresceu a uma taxa média de 231% ao ano.
Sendo assim, hoje já são mais de 294 mil sistemas solares fotovoltaicos conectados à rede e mais de 356 mil unidades consumidoras recebendo créditos pelo Sistema de Compensação de Energia Elétrica.
Seguindo essa tendência, a ANEEL projeta que, em 2024, o Brasil terá aproximadamente 887 mil sistemas de energia solar (On Grid) instalados por todo território brasileiro.
A potência de geração de sistemas de energia solar vem aumentando exponencialmente, juntamento com o número de instalações.
De acordo com dados atualizados pela ABSOLAR e ANEEL em setembro de 2020, em 2012, a soma entre geração distribuída e centralizada, era de apenas 7 MW de potência instalada.
Em apenas 2 anos, triplicou, ficando em 21 MW de potência, no ano de 2014. Desta forma, em 2015, a potência instalada mais que dobrou!
Desde então, a potência instalada acumulou aumentos anuais para mais de 300%, um número que com certeza não pode ser ignorado.
Do mesmo modo, mesmo em meio a crise econômica, em decorrência da pandemia do novo coronavírus, 2020 não para de trazer boas notícias para o setor.
O relatório anual da REN21, que saiu no mês de junho, mostra que na evolução das energias renováveis no mundo, a solar FV teve papel de liderança.
Do total de mais de 200 GW adicionados em 2019, a solar foi responsável por 115 GW, o equivalente a 57,5% do total.
Já no mês seguinte, atingimos a impressionante marca de 6 GW de solar FV instaladas, entre usinas de grande porte e pequenos/médios sistemas instalados.
Atualmente, a geração centralizada soma 2,9 GW, o equivalente a 1,7% da nossa matriz elétrica, e a geração distribuída representa 3,5% GW.
Além disso, até o momento, 94,8% é a fração de potência instalada na micro e minigeração distribuída da fonte solar fotovoltaica, líder isolada do segmento.
Com a inflação energética nos últimos 18 anos sofrendo um aumento de 230%, conforme dados da ANEEL, os clientes residenciais foram os primeiros a descobrir as vantagens do sistema fotovoltaico.
Em número de sistemas fotovoltaicos instalados no Brasil, estes, são responsáveis por um fatia que representa pouco mais de 70%.
Em seguida, aparecem as empresas dos setores de comércio e serviços (17,99%), consumidores rurais (6,25%), indústrias (2,68%), poder público (0,43%) e outros tipos, como serviços públicos (0,04%) e iluminação pública (0,01%).
Nesse tópico, ainda vale ressaltar acima de tudo sobre a liberação de renda, onde o dinheiro economizado na conta de luz de quem tem solar é usado pelo consumidor na compra de outras produtos, movimento o comércio e a economia locais.
Nesse sentido, desde 2012, a geração distribuída solar fotovoltaica já contribuiu com mais de R$4,7 bilhões.
Indo na contramão de uma taxa de desemprego nunca antes vista no mercado de trabalho, em decorrência da COVID – 19, o setor solar não parou!
De acordo com o mais recente levantamento da ABSOLAR, a fonte de energia solar mesmo nesse período de crise, foi responsável pela geração de 40 mil novos empregos, só no primeiro semestre do ano.
O mesmo levantamento mostra remuneração média dos profissionais do setor, que supera 2 salários mínimos.
Desde 2012, a fonte solar FV foi responsável por mais de 190 mil novos empregos gerados no país.
Segundo Rodrigo Sauaia, CEO da ABSOLAR:
Para cada megawatt solar fotovoltaico instalado por ano, são gerados de 25 a 30 novos postos de trabalho de qualidade, segundo estatísticas internacionais do setor.
Dados do novo estudo da IRENA, revelam também que o setor global de energias renováveis poderá alcançar, até 2030, cerca de 29,5 milhões de empregos.
Desse total, a fonte solar lideraria em novos postos de trabalho, representando cerca de 11,6 milhões de empregos.
Hoje, China, Brasil, Estados Unidos, Índia, Alemanha e Japão possuem 90% dos empregos de energia fotovoltaica do mundo.
Nesse sentido, o estudo mostra, ainda, que o mundo poderá chegar a 100 milhões de novos trabalhadores no setor de energia até 2050.
Em outras palavras, cerca de 40 milhões a mais do que hoje!
O tempo de payback, durabilidade e queda dos preços de equipamentos, preocupação ambiental, entre outros fatores, fazem com que o futuro da energia solar no país seja promissor.
Dessa forma, segundo a Agência Internacional de Energia (IEA), a previsão é que a capacidade mundial de energia renovável aumente em 50% até 2024, liderada pela energia solar fotovoltaica.
Estimativas, com base numa projeção da Empresa de Pesquisa Energética(EPE), é de que o país deverá alcançar 25 GW, até 2030.
A BNEF também aponta que até 2040, 32% da matriz elétrica brasileira será de fonte fotovoltaica.
Com a tecnologia consolidada, os custos da geração solar fotovoltaica também cairão mais de 66%!
Por fim, daqui 30 anos, em 2050, ampliaremos essa vantagem, com alguns indicadores apontando que a energia solar representará 39% da matriz.
É muita coisa boa pra um só fonte de geração de energia não é?!
Ao longo deste post, procuramos trazer informações atualizadas e dar um panorama da energia solar completo, com dados relevantes sobre o mercado.
Há 7 anos, nem imaginávamos que essa tecnologia iria se desenvolver dessa forma e se popularizar tanto!
De acordo com a ABSOLAR, 5.000 municípios brasileiros, ou seja, 89,8%, já tem pelo menos um sistema solar fotovoltaico operando.
Conforme visto nesse panorama da energia solar, hoje pode – se falar sem preocupações, que o setor fotovoltaico caminha rumo a um futuro que irá proporcionar mais conforto e economia a milhares de brasileiros.
Em suma, todos esses números mostram também que o mercado fotovoltaico é um ambiente promissor para quem quer empreender e se tornar dono do próprio negócio.
Conforme pesquisa realizada pelo Ibope Inteligência, que foi realizada entre pessoas de todas as regiões do país, 9 em cada 10 brasileiros querem gerar sua própria energia.
Em outras palavras, os brasileiros estão cada vez mais interessados em sustentabilidade, e oportunidades para ganhar dinheiro trabalhando nesse setor, não vão faltar!
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