Energia em expansão: conheça o avião movido a energia solar que vai voar até a estratosfera
De usinas incríveis ao redor do mundo a alternativas em energia solar que visam abastecer cidades brasileiras com limitado acesso a energia elétrica, não são poucos os casos que vemos, diariamente, das novas possibilidades que a energia solar tem trazido para o cotidiano.
Um fator intrigante, é a chegada de um projeto curioso, para dizer o mínimo: um avião movido a energia solar e com a ambição de voar até a estratosfera do planeta.
Para saber um pouco mais a respeito dessa curiosa notícia, e os possíveis desdobramentos dela, nos acompanhe na leitura do post de hoje!
Novidade que decola da Suíça
Ainda que o Brasil esteja explorando gradativamente os benefícios da energia solar, dentro das necessidades do próprio país, é da Europa que ouvimos falar no caso desse avião que tem tudo para dar asas à imaginação de futuros projetos com energia solar.
O país, inclusive, tem sido rotulado como a capital mundial dos aviões movidos a energia solar, veja só. Honraria que vem se comprovando por conta da recente façanha realizada por dois pilotos suíços.
Na ocasião, ambos completaram uma volta ao mundo com o protótipo Solar Impulse 2.
Agora, a exploração aérea via energia solar é concebida de outra forma: o avião solar foi idealizado e projetado para levantar voo e atingir a estratosfera – ou seja: uma altitude pouco explorada até então, sendo, inclusive, considerada a fronteira entre a superfície terrestre e o espaço.
O projeto, que mais parece um episódio de ficção científica, já tem até nome: SolarStratos.
Como funciona o avião SolarStratos
O projeto é, na verdade, um planador motorizado e munido de um propulsor elétrico. Para que a energia solar venha em abundância, para alimentar a aeronave, foram utilizados 22 metros quadrados de painéis solares.
“Nosso objetivo é demonstrar que a tecnologia atual nos oferece a possibilidade de fazer o mesmo ou ir além do que os combustíveis fósseis oferecem” revelou um dos diretores da SolarXplorers, que é a empresa responsável pelo projeto, Raphael Domjan.
Domjan, que também é piloto de testes do avião solar que tem dado o que falar, tem mostrado que o protótipo aéreo não é apenas uma aula de exibicionismo tecnológico e, sim, uma possível abertura de ideias para o desenvolvimento de meios de transporte menos poluentes.
Esse tipo de novidade, inclusive, já foi discutido em nosso blog – lembra-se, quando exploramos as ambiciosas ideias de Elon Musk? Pelo visto, os veículos sustentáveis estão dominando o imaginário das grandes mentes deste século.
O futuro do vôo na estratosfera está próximo
Além da novidade do protótipo, já existe uma data planejada para o primeiro voo do SolarStratos. E está mais próximo do que imaginávamos: fevereiro de 2017.
Em seguida, novos testes serão realizados para que, no ano seguinte, o aeroplano comece a se aproximar mais e mais do seu objetivo final: a estratosfera.
De acordo com os seus idealizadores, o avião solar foi idealizado para alcançar até 25 mil metros de altitude. Para se ter uma ideia: aviões comerciais, desses com motores a jato, ficam em torno de até 12 mil metros. Pouco mais que o dobro, portanto.
“Viajar para a estratosfera levará aproximadamente cinco horas: 2,5 horas para chegar ao espaço, 15 minutos de luz do dia e estrelas e, em seguida, três horas para retornar à Terra” explica Domjan.
Entre as particularidades que tornam a façanha mais palpável e próxima de nossa realidade, a empresa buscou manter o peso da aeronave bastante baixo e, para isso, optaram por não pressurizar a cabine.
Isso força os tripulantes do avião solar a se vestirem de maneira apropriada: com trajes pressurizados, muito similares aos utilizados por astronautas – e que também funcionarão por meio de um sistema de energia solar.
“O projeto abre a porta para novos conhecimentos científicos, a um preço acessível, a exploração e o uso pacífico de nossa estratosfera” ressalta Roland Loos, que é o diretor-geral da SolarXplorers.
Iniciado em 2014 por Raphael Domjan, o projeto vem tomando cada vez mais forma e está muito próximo do seu primeiro teste. O que nos leva a perguntar: quais outras possibilidades a energia solar pode trazer à nossa rotina?