Energia solar em imóveis antigos: é possível?
De antemão já responderemos essa pergunta… “sim, a energia solar em imóveis antigos, é possível!”.
Mas, continue lendo porque vamos explicar “como”.
De acordo com dados compilados pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), nos últimos sete anos, a geração distribuída FV no Brasil, cresceu a uma taxa média de 231% ao ano.
Em outras palavras, isso significa que cada vez mais brasileiros estão dispostos a gerar eletricidade limpa e renovável para suas casas, e entendem os benefícios econômicos, sociais e ambientais que a energia solar é capaz de gerar.
Do mesmo modo, a fonte solar fotovoltaica ganha cada dia mais espaço na construção civil, e é quase que obrigatoriedade em novas construções.
“Vai muito da visão do proprietário do imóvel. Tenho casos que o cliente não tem laje/telhado prontos, mas já está com o sistema comprado. Essa a melhor situação, pois o telhado já é construído pensando na eficiência do sistema”, diz Vinicius Campos, Engenheiro Civil.
A energia solar em imóveis antigos também é possível, contudo alguns cuidados precisam ser tomados, e alguns fatores levados em consideração, para que a instalação do seu sistema fotovoltaico, seja viabilizada.
Vamos lá!
Energia Solar em imóveis antigos
Segundo exposto pelo Engenheiro Civil, Vinicius Campos, não é com tanta frequência que as construtoras/profissionais do setor, recebem solicitações de instalação de sistemas fotovoltaicos, em imóveis construídos há mais 10/15 anos.
No entanto, de acordo com o relato do engenheiro, isso é possível, desde que se faça a análise de alguns fatores em sua totalidade. Veja abaixo, quais são eles, para que você comece seu projeto de geração de energia fotovoltaica agora mesmo!
1 – Verifique a incidência de radiação solar
Antes de tudo, o fator que deve ser analisado, é o espaço disponível para instalação dos módulos.
Do mesmo modo, a incidência de radiação solar no local também é muito importante.
As Horas de Sol Pleno (HSP) é um artifício utilizado para a simplificação dos cálculos em energia solar.
Nesse sentido, o Atlas Solarimétrico pode ajudar você, pois mapeia o potencial solar de toda uma região, e permite analisa – lo em uma área específica, fornecendo os valores aproximados das HSP de cada região.
Você pode acessa-lo no site na CRESESB.
Também é importante levar em consideração qual a orientação e a inclinação do telhado onde será feita a instalação.
Preferencialmente, a posição ideal para os módulos fotovoltaicos no Brasil é voltado para o Norte.
Para situações onde isso não é possível (exemplo: telhado virado para o leste), utiliza-se o poliedro de perdas para calcular a perda por direção (Pd).
Além da direção, também é super importante pensar na inclinação dos módulos.
É indicado que os sistemas fotovoltaicos tenham uma inclinação igual a latitude.
Como nem sempre será possível obter o ângulo ideal, pode-se calcular o coeficiente de perdas por angulação (Pa) pela equação a seguir.
Acima de tudo, é preciso garantir que a área também esteja livre de objetos que possam causar sombra nos módulos, como outros prédios, árvores, antenas, caixas d’água, entre outros.
E lembre – se…
Opte sempre por contratar um profissional/empresa certificado, que consiga fornecer todas essas informações, e tirar suas dúvidas.
2 – Cheque as condições da cobertura
De antemão, é válido ressaltar que antes de instalar energia solar fotovoltaica em telhados, coberturas ou fachadas, uma análise estrutural deve obrigatoriamente ser realizada, de forma a garantir a segurança de todos no local.
A sobrecarga gerada pelo sistema em cima do telhado pode girar em torno de 12 a 15kg/m². Dessa forma, é importante checar se a estrutura possui resistência o suficiente para suportar esse peso.
Sempre é bom lembrar que instalar energia solar em casa/comércio, não prejudicará em nada o telhado.
Além disso, trata-se de um processo simples, sem a necessidade de grandes obras ou “quebra-quebra”.
Contudo, é possível que ao querer instalar energia solar em imóveis antigos, seja necessário realizar reforços estruturais que inclui a adição de caibros, vigas, etc.
No caso de imóveis tombados, em que não é permitido fazer muitas intervenções, é necessário verificar com a prefeitura da cidade a viabilidade do projeto.
3 – Teste as instalações elétricas do imóvel
Se tratando de imóveis antigos, a única alternativa é realizar uma boa revisão, antes de implementar o sistema fotovoltaico.
Para Jorge, revisar os equipamentos eletrônicos também é de suma importância, pois eletrodomésticos antigos, não possuem a mesma eficiência elétrica quando comparados com modelos atuais.
Além disso, essa revisão é de suma importância porque visa garantir a segurança das pessoas e do patrimônio, bem como o funcionamento correto de toda a instalação.
Do mesmo modo, a distribuidora de energia ao fazer a vistoria técnica no processo de homologação, pode exigir outros elementos de segurança.
Por fim, tenha em mente que ao se planejar uma reforma, o auxílio de um profissional qualificado é essencial, e permite que o trabalho seja realizado apenas uma vez e com qualidade.
Seja como for, esteja sempre atento as regras expostas na NBR 16690 – Instalações elétricas de arranjos fotovoltaicos – antes mesmo de iniciar os trabalhos.
Conclusão
Tomando esses cuidados, a energia solar em imóveis antigos não só é viável, como pode trazer a sonhada independência energética.
De acordo com dados atualizados da ABSOLAR, já são mais de 265 mil sistemas solares fotovoltaicos conectados à rede e mais de 335 mil unidades consumidoras recebendo créditos pelo Sistema de Compensação de Energia Elétrica.
Ou seja, já são mais de 335 mil pessoas economizando na conta de luz e fazendo sua parte para um mundo mais sustentável.
Seguindo essa tendência, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) projeta que, em 2024, o Brasil terá aproximadamente 887 mil sistemas de energia solar (On Grid) instalados por todo território brasileiro.
E você, vai ficar de fora dessa ? Conheça nossa plataforma EAD e capacite-se para o mercado que mais cresce no Brasil e no mundo.