Energia Sustentável: tudo o que eu preciso saber
Em primeiro lugar, é muito importante mencionar que tem muito país investindo forte em políticas “verdes”, para movimentar a economia. Em outras palavras isso quer dizer que a energia sustentável está se tornando protagonista na recuperação da economia mundial pós COVID – 19.
Se você fizer uma pesquisa rápida na ferramenta Google Trends, por exemplo, verá que o termo “energia renovável”, no período entre 17 e 23 de maio de 2020, atingiu a máxima de 100 pontos, de interesse e pesquisas, no mundo todo.
A energia é um fator fundamental para satisfazer grande parte das necessidades do homem, pois praticamente todas as atividades realizadas pelo homem moderno requerem o uso dela.
De acordo com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), a demanda por eletricidade deve dobrar até 2050, no Brasil. Ou seja, o número de pessoas que precisam de mais energia está crescendo à medida que o planeta caminha em direção aos 9 bilhões de habitantes.
Dados do IEA também revelam que a capacidade instalada em renováveis em 2020 deve crescer em um total de 167 gigawatts. Em outras palavras, um crescimento estimado em 6%.
Enfim! Desde o início de sua descoberta até agora, sabemos o que a eletricidade representa para nós.
Por isso, imediatamente, preparamos esse artigo com tudo o que precisa saber sobre energias renováveis e acompanhar essa forte tendência.
Boa leitura!
O que é energia sustentável?
De antemão, uma informação importante é que a energia sustentável é a energia obtida a partir de recursos inesgotáveis!
Uma fonte de energia é considerada sustentável quando mantém um ciclo equilibrado de produção/consumo e supre as necessidades humanas, garantindo o desenvolvimento econômico e social e a preservação ambiental.
Sob o mesmo ponto de vista, é definida como energia que vem de um recurso que pode ser naturalmente reabastecido em uma escala de tempo humana, como: a luz solar, o vento, as marés, as ondas, calor geotérmico, etc.
Assim também, é importante para uma energia ser considerada sustentável, ser renovável e limpa, ou seja, sem liberação de dióxido de carbono, o famoso CO2, assim como outros gases causadores do efeito estufa.
Enfim, por definição, a energia sustentável atende às necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras satisfazerem as suas necessidades.
Tipos de energia sustentável
Uma fonte de energia pode ser ou não considerada sustentável. E como é possível perceber, são muitos os “pré-requisitos”.
Mas isso não significa que não existam fontes variadas dela. Pelo contrário, com somente poucas décadas de estudos, os pesquisadores descobriram diversas maneiras significativas de produzi-la.
Conheça abaixo algumas das principais fontes de energia sustentável!
Solar
Com certeza essa fonte de energia merece destaque!
A energia solar, como o próprio nome diz, é proveniente do Sol.
Com uma tecnologia baseada em módulos solares que captam a luz emitida e convertem em energia térmica ou elétrica.
Em outras palavras, é utilizada por meio das tecnologias fotovoltaica (conversão da luz em eletricidade) e fototérmica (conversão da energia solar em energia térmica).
Sendo assim, esta pode ser usada diretamente para aquecimento e iluminação de casas e outros edifícios, para geração de eletricidade, aquecimento de água quente, refrigeração solar e uma variedade de usos comerciais e industriais.
Contudo, por mais que tenha um potencial enorme e seja abundante em um país tropical como o Brasil, ainda é pouco aproveitada e tem muito a expandir.
A energia solar pode ser considerada uma fonte de energia sustentável porque não polui durante seu uso, é renovável, os sistemas necessitam de manutenção mínima, além de ser muito útil em lugares remotos e de difícil acesso.
Também representa uma alternativa de baixo impacto ambiental que restringem-se basicamente à extração de matéria-prima necessária para a construção dos módulos solares e aos resíduos gerados durante a fabricação. Impactos estes que podem ser controlados!
De acordo com dados recentes apresentados pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), no total a fonte já trouxe mais de R$31 bilhões em novos investimentos privados, tendo gerado cerca de 180 mil empregos acumulados desde 2012.
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2 – Eólica
A energia eólica é gerada a partir do movimento das massas de ar (vento).
Basicamente, converte-se a energia cinética através de turbinas eólicas (ligadas aos famosos “cataventos”) para a geração de eletricidade.
O Brasil tem vantagem nessa forma de energia também.
Isso acontece graças à presença de duas vezes mais ventos por aqui do que na média mundial, além de uma volatilidade de apenas 5%, o que torna mais fácil prever a quantidade de energia que será gerada em determinado período.
Proveniente dos ventos, é uma fonte abundante e interminável de energia. Dessa forma é renovável, de baixo impacto ambiental, não emite gases poluentes, além de ser relativamente de baixo custo.
Em suma, a geração de energia eólica é predominante nas regiões Nordeste (506 parques) e Sul do País (95 parques).
De acordo com dados recentes da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), que reúne empresas do setor, o Brasil possuir 602 parques eólicos, totalizando 7.500 aerogeradores em operação, em 12 estados.
3 – Biomassa
A biomassa pode ser usada para produzir eletricidade, combustíveis para transporte ou produtos químicos.
Esta não representa uma fonte de energia específica e sim um grupo de fontes de energia diversas.
Assim, as biomassas incluem os biocombustíveis, derivados do bagaço de cana-de-açúcar, madeira e outras fontes, e biomassas chamadas “tradicionais”, que compreendem a lenha, resíduos agrícolas, esterco animal e outros resíduos naturais.
Dessa forma, ela é capaz de criar gases que são convertidos em energia elétrica por usinas específicas.
A utilização de biomassa como fonte de energia vem ganhando espaço e pode ser considerada uma alternativa de energia sustentável desde que alguns fatores sejam considerados durante sua produção, como:
- uso de tecnologias eficientes para o aproveitamento da energia
- métodos para controlar os poluentes que podem ser liberados
- utilização de recursos florestais obtidos por meio de um manejo florestal adequado.
4 – Geotérmica
A energia geotérmica também é conhecida como energia geotermal.
À primeira vista pode parecer estranho, mas muito provavelmente você já tenha ouvido falar.
Esta, aproveita o calor emitido pelo interior do planeta. Em especial do magma, que está até cerca de 64 quilômetros abaixo da superfície.
Entre as mais conhecidas estão os vulcões, resultado da expulsão do magma de forma violenta por meio de falhas na crosta terrestre.
Temos ainda os gêiseres e as minas de água quente, resultado do aquecimento de fontes pelo calor subterrâneo.
A energia geotérmica pode ser utilizada de forma direta ou indireta.
A forma indireta viabiliza a produção de eletricidade.
Para isso é necessário captar a água quente ou o vapor, encaminhá-lo por meio de tubulações específicas para uma usina geotermal, onde turbinas serão acionadas. Dessa forma, a movimentação das hélices gerará a energia elétrica desejada.
Atualmente, apenas 0,3% da capacidade global de energia provém dessa fonte.
Em conclusão, é um tipo de energia renovável que depende da região do globo em que o país está localizado.
5 – Maremotriz
A energia maremotriz é gerada por meio do movimento de marés (energia cinética) ou pela diferença entre as alturas de marés alta e baixa (energia potencial).
Ou seja, o vai e vem do mar pode ser muito útil para a geração de energia sustentável!
A construção compõe estruturas similares às usinas hidrelétricas, com barragens e eclusas desenhadas para o armazenamento da água.
Durante as marés altas, a água enche os diques. Quando ela desce, a água é liberada e aciona as turbinas, gerando eletricidade.
A grande vantagem é que ela não depende do clima!
Em contrapartida, apesar desse tipo de energia ser renovável, ela exige que barragens sejam construídas no litoral, próximas ao mar, o que inutiliza a área tanto para banho quanto para pesca, afetando a economia local.
Além disso, a construção de uma usina maremotriz é cara e apresenta um nível de geração de energia baixo em comparação com outros meios.
Dessa forma, mesmo em países onde ela está mais avançada, os usos costumam ser pontuais.
França, Reino Unido e Canadá se destacam nesse cenário.
No Brasil, os primeiros projetos para o aproveitamento das marés estão em curso, buscando identificar pontos do litoral brasileiros no qual a instalação seja viável.
6 – Ondomotriz
Enquanto a energia maremotriz é gerada pelas marés, a ondomotriz se dá pelo movimento das ondas.
Ou seja, ambas são provenientes do mar para gerar energia.
Contudo, cada uma a partir de um movimento diferente.
Em alguns lugares do mundo, o vento sopra de maneira tão consistente sobre o mar que é possível garantir um comportamento contínuo das ondas, sendo possível prever a geração de energia.
Em contrapartida, assim como a maremotriz, a implantação de uma usina ondomotriz é alta, e inutiliza a faixa litorânea onde for instalada.
Sendo assim, a utilização da energia ondomotriz é pequeno, mesmo nos países nos quais o potencial disponível é elevado.
A maioria das tecnologias para pleno aproveitamento da energia das ondas ainda está em desenvolvimento, mas elas se mostram bastante promissoras.
No Brasil, as primeiras instalações ainda estão em estudo e prometem entrar em funcionamento nos próximos anos.
Energia sustentável e renovável, é a mesma coisa?
A resposta é “não”. Então anote aí!
Como citamos no tópico anterior, energia sustentável é a que é utilizada em uma quantidade e velocidade nas quais a natureza pode repô-la, ou seja, há um equilíbrio entre a produção e o consumo de energia.
Já a energia renovável é aquela obtida a partir de fontes naturais capazes de serem renovadas, por isso estão sempre disponíveis para utilização e não se esgotam.
O conceito existe em oposição ao da energia não renovável, gerada por combustíveis fósseis, como petróleo, gás natural, etc, cujas reservas um dia acabarão – já que a terra terra necessita de milhões de anos para reproduzi-los.
No senso comum, todas as fontes de energia renováveis são sustentáveis e não há nenhuma diferença entre os dois termos. No entanto, isso não é verdade.
Entenda que: nem toda energia renovável, é sustentável!
Para algumas fontes de energia, a classificação de “sustentável” pode ser subjetiva e dependerão de fatores que vão além da própria produção energética.
Por exemplo:
- A mais antiga energia renovável em uso é a queima de lenha, pois replantar árvores, garante seu suprimento. Em contrapartida, a fumaça de sua queima é tóxica e poluente.
- As hidrelétricas, usam a água, que é um recurso natural que estará sempre disponível, mesmo em período de escassez, mas não é sustentável devido ao dano ambiental causado pelas barragens.
- A maremotriz e ondomotriz dependem do mar para gerar energia. No entanto, para ela ser sustentável tudo vai depender das tecnologias utilizadas para que as barragens sejam construídas. De qualquer forma, mesmo minimizando os impactos, a área para construção da estrutura ficará inutilizada.
Pronto! Agora já está pronto para usar esses dois termos da forma correta.
5 vantagens da utilização da energia sustentável
As energias sustentáveis garantem vantagens determinantes para a nossa economia, cotidiano, bem-estar e saúde.
Veja, a seguir, 5 vantagens da utilização de energias sustentáveis para o nosso planeta!
1 – São consideradas inesgotáveis à escala humana se comparadas aos combustíveis fósseis
Fontes renováveis são renovadas de forma constante, isso quer dizer que teríamos energia permanente, sem nos preocuparmos nunca mais com a sua possível escassez.
Devido à extensão do território do Brasil, se um dia tudo isso for aproveitado, conseguiremos produzir cerca de 10 vezes mais energia do que consumimos atualmente.
2 – Pouca ou nenhuma emissão de gases tóxicos
Sabemos que muitos problemas respiratórios, por exemplo, podem acometer a população, devido a grande poluição.
A energia sustentável quase não emite gases ou gera resíduos que prejudiquem a fauna, a flora e a saúde das pessoas.
Já imaginou um mundo todo com carros elétricos e módulos solares. Como seria a qualidade do ar?
3 – Autoprodução: a independência energética
A autoprodução pode ser atrelada diretamente a questão econômica.
Com certeza você já se reparou com a chamada bandeira vermelha na conta de luz.
Este, é um acréscimo no valor que você paga mensalmente na conta, devido a escassez do principal recurso natural para gerar energia atualmente: a água.
Se as pessoas adquirirem um gerador de energia solar, por exemplo, nunca mais terão que se incomodar com os elevados custos da conta de luz.
Dessa forma, todos serão “autoprodutores” e conquistarão a sua tão sonhada independência energética, pagando somente um valor justo e compatível à utilização.
4 – Uma rede de energia mais confiável e segura
As matrizes como a eólica ou a solar são menos dispostas a falhas em grande escala.
Imagine que sistemas de energia sustentável estão distribuídos em diversas áreas de uma cidade…
Sendo assim, tempestades e relâmpagos, não vão interromper a distribuição de energia desses locais.
5- Permitem a criação de novos postos de emprego
De acordo com dados recentes da Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA), as energias renováveis já empregam um total de 10,3 milhões de pessoas no mundo.
Conforme a agência, China, Brasil, Estados Unidos, Índia, Alemanha e Japão possuem 90% dos empregos, só de energia fotovoltaica, do mundo.
Nesse sentido, segundo estudo divulgado também ABSOLAR, só o Brasil, poderá gerar mais de 672 mil novos empregos, até 2035!
Energia sustentável no Brasil e no mundo
Tudo vai muito além de robôs, bancos digitais e big data…entre os países mais tecnológicos, a energia sustentável também está se tornando protagonista.
Conforme o Relatório da Situação Global das Renováveis de 2019, do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), o investimento global em energia verde ultrapassou US$ 2,6 trilhões na última década.
Como resultado, cinco países no mundo se destacaram em 2019. Veja só:
- A China foi o país campeão em investimento em energia limpa da década. De acordo com o estudo, US$ 758 bilhões foram empregados com este propósito entre 2010 e 2019.
- Depois da China, os Estados Unidos são o país que mais investe em energia renovável no mundo, com US$ 356 bilhões investidos na última década.
- Para o relatório, o Japão foi terceiro principal investidor em energia limpa da década, com US$ 202 bilhões aplicados.
- A Índia é o quarto maior mercado de energia renovável. A taxa de crescimento deste setor foi de 54% nos últimos anos. Hoje, cerca de 35% da energia produzida no país provém de fontes renováveis.
Tratando-se de Brasil…
De acordo com o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia, Reive Barros, o Brasil, atualmente, tem 83% de sua matriz elétrica originada de fontes renováveis.
A participação é liderada pela hidrelétrica (60,4%), seguida de eólica (8,7%), biomassa e biogás (8,9%) e solar centralizada (1,6%).
Barros ressaltou que é fundamental utilizar todo o potencial de fontes renováveis disponíveis, não só pelo aspecto tecnológico e ambientalmente sustentável, mas principalmente pelas questões socioeconômicas, com a geração de emprego e renda para a nossa população.
Em conclusão, ainda tem muito que se explorar em nosso país!
Conclusão
Em um planeta cada vez mais devastado pelos impactos ambientais, a busca pela produção de energia limpa é uma das alternativas mais assertivas, caso a intenção seja mesmo amenizar os efeitos das mudanças no clima, e minimizar danos provenientes de tempestades, inundações, perda da biodiversidade e elevação da temperatura da Terra.
Energia sustentável não é um tema novo, mas a preocupação com ele só aumenta.
Essa preocupação se justifica não apenas para termos um futuro melhor, mas também para levar energia elétrica a tanta gente que ainda vive sem ela.
Você sabia que…
De acordo com o Banco Mundial (BM), mais de 10% da população mundial não tem acesso à energia elétrica, o que corresponde a aproximadamente 840 milhões de pessoas?
E é assim porque a maioria dos recursos hoje utilizados para gerar energia elétrica são esgotáveis. Mais do que isso: muitos deles caminham para o esgotamento precoce.
Por fim, a expansão de fontes de energia renovável para substituir técnicas antigas, ajudarão ainda mais na preservação do planeta, e em um futuro mais limpo.
Aliás, até 2030, países filiados à Organização das Nações Unidas (ONU) estão comprometidos com metas audaciosas em relação a essa questão.
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