Queda nos custos de energia limpa prevê recuperação econômica pós COVID-19
A queda nos custos de energia limpa, podem ocasionar além da recuperação da economia mundial, uma melhora climática, aproximando o mundo do cumprimento da meta principal proposta no Acordo de Paris.
É o que diz o novo relatório “Tendências Globais no Investimento em Energia Renovável 2020” do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e parceiros.
Em síntese, o relatório PNUMA analisa as tendências de investimento de 2019 e os compromissos assumidos pelos países (e empresas), com a energia limpa, na próxima década.
Ao mesmo tempo, é importante relatar que em 2019, a participação de fontes renováveis na geração global de energia subiu para 13,4%.
Dessa forma, foram identificados compromissos que resultam em 826 GW de energia renovável, a um custo provável de cerca de 1 trilhão de dólares, até 2030.
Em contrapartida a indústria de combustíveis fósseis (que foi atingida negativamente devido a crise), as pesquisas também explanam que, a energia renovável está mais econômica do que nunca.
Sendo assim, é oferecido a todos os países, uma ótima oportunidade para priorizarem a energia limpa, e inseri-las fortemente em seus pacotes de recuperação econômica.
“Se os governos aproveitarem a queda no valor das energias renováveis para colocá-las no centro da recuperação econômica pós-COVID-19, daremos um grande passo rumo a um mundo natural saudável, que é uma das nossas melhores chances contra futuras pandemias”, explica Inger Andersen, diretora-executiva do PNUMA .
De acordo com os custos relatados também no estudo, a instalação de energia renovável também está menor, o que significa que investimentos futuros darão resultados melhores.
Setor elétrico no Brasil
Todos sabemos que o coronavírus pôs a economia do mundo todo, na “corda-bamba”.
É o que dizem as últimas perspectivas da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE, que reúne economias desenvolvidas de todo o mundo).
No Brasil, em evidência está o setor elétrico!
Este, já atingiu uma taxa de inadimplência de 13%, e pediu uma empréstimo bancário apenas para cobrir despesas das distribuidoras.
De acordo com dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), os valores solicitados já ultrapassam 14 bilhões de reais.
Por outro lado, a Ministra do Meio Ambiente, Proteção da Natureza e Segurança Nuclear da Alemanha, Svenja Schulze, afirmou que:
“As energias renováveis, como a eólica e a solar, já representam quase 80% da capacidade recém-instalada para a geração de eletricidade. O mercado e os investidores já estão convencidos de sua confiabilidade e competitividade”.
Foco na Energia Solar Fotovoltaica
Você sabia que…
O maior financiamento para um projeto de energia solar, com US$ 4,3 bilhões, foi feito para o Al Maktoum IV nos Emirados Árabes Unidos…
Graças a melhorias tecnológicas, o custo total da eletricidade, continua caindo para energia de fontes solar.
Somente a energia solar, injetou 6 bilhões de reais em investimentos no Brasil (no setor privado), apenas em 2020, conforme a ABSOLAR.
Só o nosso país, contabiliza mais de 300 mil unidades consumidoras com energia solar!
Sendo assim, o dinheiro economizado na conta de luz, é usado para adquirir bem e serviços movimentando a roda da economia.
No segundo semestre de 2019, as novas usinas solares fotovoltaicas também reduziram custos em 83%, em comparação à década anterior.
Dessa forma, juntamente com a pandemia COVID – 19, a energia solar deu grande destaque ao estado do Piaui.
Este, reabriu o processo de licitação, que prevê a construção e gestão de oito miniusinas de energia solar fotovoltaica.
A princípio, só o estado, já gerou mais de 1.140 MW de potência instalada, em Geração Centralizada.
A queda nos custos de energia solar, ficam ainda mais evidentes quando vemos marcas históricas sendo batidas!
Ainda no mês de julho, o Brasil atingiu 6 GW de potência operacional da fonte solar FV instalada, entre usinas de pequeno, médio e grande porte.
Atualmente a geração centralizada soma 2,9 GW, o equivalente a 1,7 da nossa matriz elétrica, e a geração distribuída representa 3,1 GW.
Ao mesmo tempo que nossa capacidade instalada aumentou, o país entrou para a lista dos 20 países líderes em capacidade instalada SV no mundo, e subiu 5 posições.
De acordo com dados da Agência Internacional de Energias Renováveis (IRENA), o Brasil em 2018 ocupava a 21ª posição.
Fonte:
Conclusão
Em conclusão, a queda nos custos de energia, significa muito mais coisas…
Não somos nós que estamos relatando, é o mundo que pede e investe, cada vez mais em fontes renováveis.
Segundo o diretor-executivo da BloombergNEF, Jon Moore “a energia limpa se encontra em uma encruzilhada em 2020”.
Em resumo, não há outra alternativa, senão olhar com “mais carinho” para as fontes de energia limpa, e começarmos a viver em um mundo completamente diferente, e melhor.
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